Como você tem administrado a herança que vai deixar?

por | set 1, 2016 | Meus Artigos | 0 Comentários

Todo ser humano parece ter algo de imortal. Tem a possibilidade de deixar lembranças para a eternidade!

Devem ter escutado histórias interessantes, contadas com muita emoção, pelos seus pais, talvez vividas por eles com seus avós ou bisavós. Essas recordações parecem vivas, sólidas.

Penso que as lembranças são a herança que os pais deixam aos filhos.

Não pense que para ser lembrado deverá grudar em seu filho, impedindo que ele tenha a liberdade necessária para se desenvolver. Se assim for, ele se lembrará de você como alguém que o incomoda, principalmente, se você pensar, escolher e decidir, por ele.

Isso não é atenção ,mas, superproteção!

Os filhos necessitam muito da atenção dos pais. Porém, é importante que essa atenção ocorra de maneira adequada.  Ela é essencial ao desenvolvimento sadio das crianças.

A atenção é uma forma de carinho e deve acontecer de maneira espontânea. Além do que, ela é muito abrangente…  Brincar com a criança não é a única maneira de dar atenção a ela. Isso porque nem todos os pais gostam de brincar com os filhos e, mesmo assim, podem ser bastante atenciosos com eles.

Cada pessoa tem sua maneira singular de dar atenção aos filhos.

Pensar a respeito deveria ser um hábito dos pais.

Mas, será que isso acontece?

Por exemplo: qual foi a última vez que os convidou para um programa? O programa ao qual me refiro é algo simples como um passeio de carro, no final da tarde; levá-los ao jardim; ao parque; andar de bicicleta; fazer uma caminhada etc.

Cabe também pensar: qual foi a última vez que conversaram, cujo conteúdo não tenha sido sobre a maneira como devem agir.

Geralmente, nas conversas entre pais e filhos, estão sempre presentes as cobranças e os conselhos, como:   dedicação aos estudos, tarefas e trabalhos escolares; alimentação adequada; organização; comportamento; socialização  etc.

Pense também: qual é a sua reação quando eles o procuram para contar-lhe algo? Para e olha em seu rosto, para ouvi-los, calmamente? Ou já vai respondendo as suas perguntas sem mesmo lhes dirigir um olhar?

Qual foi a última vez em que brincou com eles?  Sorriram juntos?

Alguma vez, leu para eles ou contou-lhes alguma história? Com que frequência isso acontece?

Continue pensando…

Alguns pais diriam que não têm tempo para isso. Talvez pensem que agindo assim, os filhos ocupariam grande parte do seu dia, e que a vida é corrida demais.

Nem sempre aqueles que convivem o dia todo com as crianças são os que estabelecem as melhores relações com elas.

Na educação, o que importa é a qualidade do relacionamento que os pais constroem com os filhos e não a quantidade de tempo em que estão juntos. Mesmo que seja pouco, se quiserem, poderão transformar esse tempo, em momentos especiais.

Estar receptivo, aberto aos filhos, pode representar a ferramenta básica para a construção de boas lembranças – uma preciosa herança!

Imagem : Pixabay /  OpenClipart-Vectors

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