Que momento difícil para todos nós.

Precisamos nos cuidar e também cuidar das outras pessoas.

Acredito que tudo na vida tem um propósito, e o nosso papel é o de tentar descobrir o que temos que aprender com tudo isso.

Será que é a oportunidade de desenvolvermos a percepção mais clara de nossa condição humana?

Será que o individualismo e egocentrismo, características muito comuns na atualidade, nos levaram a construir a ilusão de que somos onipotentes – deuses? E como deuses, cada um de nós pode se sentir o mais importante, o mais poderoso, o mais especial e, de certa forma, desconsiderar a existência do outro?

Será esse o inconsciente coletivo da época?

Nessa verticalidade das relações – quando, no imaginário,estamos acima – será que descuidamos, desconsideramos e ficamos destreinados no exercício da empatia?

Empatia, a capacidade de nos colocar no lugar da outra pessoa – capacidade básica de todas as relações, inclusive para educar os filhos.

O uso da empatia pelos pais para mostrar aos filhos o que eles podem e o que não devem fazer (limites) é essencial para cultivar nos filhos a humanidade, o cuidado com as relações e a atenção com os sentimentos das pessoas.

Pois é, algo tão simples como a EMPATIA precisa ser relembrada, para que não caia no esquecimento e nos tornemos robôs- afinal a era é digital.

Parece que esse vírus, também, tem o poder de escancarar a nossa vulnerabilidade, e como seres frágeis, nos recolhemos em nossa insignificância.

Que linda insignificância!

Apesar de nossa singularidade, somos todos iguais- seres humanos frágeis lutando por sobrevivência e carentes de contatos humanos.

Será que o NOVO CORONAVÍRUS  veio nos mostrar o quanto a nossa mente se tornou acelerada, gatilho de tantas doenças em adultos e, até mesmo, em crianças?

Será que ele nos aponta para a importância de mais humanidade nas relações pessoais?

Alguma razão há de ter para essa nossa vivência coletiva – mundial. Não é mesmo?

A experiência é para todos, mas o que cada um de nós fará com essa experiência é ESCOLHA!

Agora é preciso ficar em casa, e o momento nos convida para a reflexão!

Quantos pais se queixam de não ter tempo para os filhos. Chegou o momento de exercitarem, com mais dedicação, a maternidade e paternidade.

Agora é possível se reinventar, um exercício de criatividade!

Fiquem bem! Vamos cuidar uns dos outros!

 

Imagem de Syaibatul Hamdi por Pixabay